CIDADE EDUCADORA E ESCOLA SEM MUROS: O TERRITÓRIO COMO ESPAÇO VIVO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL PAULISTANA
Ednaide Melo de Medeiros Santana
Resumo
O presente artigo analisa a conceção da cidade como educadora e a proposta da escola sem muros, explorando o território urbano enquanto espaço vivo de aprendizagem na educação infantil paulistana. A investigação parte da ideia de que a educação não se restringe às salas de aula, mas acontece em todos os lugares onde a criança interage, descobre e constrói sentidos. Nesse contexto, o território da cidade assume papel fundamental, pois oferece experiências concretas, diversidade cultural e oportunidades de convivência que ampliam o horizonte de aprendizagens. A abordagem considera a infância como fase de intensa curiosidade e exploração, em que a criança aprende a partir da interação com o meio e com os outros. Ao transformar ruas, praças, museus, feiras e equipamentos culturais em ambientes educativos, a escola amplia o conceito de currículo e valoriza o saber que emerge da vida cotidiana. O estudo demonstra que a cidade pode ser compreendida como extensão da escola, criando uma rede de significados que fortalece o vínculo entre conhecimento, cultura e cidadania. O trabalho também destaca o papel dos educadores, que assumem a função de mediadores, guiando as crianças na descoberta de espaços urbanos e promovendo aprendizagens mais significativas. O contato com o território aproxima a educação da realidade social, permitindo que a criança se reconheça como sujeito ativo e participante da comunidade. Conclui-se que a cidade educadora e a escola sem muros representam um convite a repensar práticas pedagógicas, valorizando a infância como tempo de experimentação, partilha e construção coletiva de saberes.
Palavras-Chave:
Cidade educadora; Território; Educação infantil.






