Este artigo analisa a relação entre os Estudos Culturais, o currículo e a prática educacional contemporânea, considerando as múltiplas influências culturais que atravessam o processo de ensino-aprendizagem. Partindo de uma perspectiva interdisciplinar, discute-se como os Estudos Culturais contribuem para ampliar a compreensão do currículo como um espaço político, social e cultural, no qual identidades, saberes e valores são construídos, negociados e contestados. O texto explora a forma como o currículo reflete e, ao mesmo tempo, produz representações sociais, reconhecendo que ele não é neutro, mas atravessado por disputas ideológicas e interesses hegemônicos. Defende-se a necessidade de uma prática curricular que considere a diversidade cultural, as narrativas marginalizadas e os desafios impostos pela globalização e pelas novas tecnologias, de modo a promover uma educação mais inclusiva, crítica e democrática.