A atuação do professor nesse contexto vai além da aplicação de técnicas pedagógicas. Ele é o responsável por criar um ambiente acolhedor, democrático e estimulante, no qual cada criança possa se sentir pertencente e valorizada. A mediação docente exige um olhar atento e individualizado, capaz de reconhecer as potencialidades e as limitações dos alunos, ajustando as estratégias de ensino de modo a garantir a aprendizagem significativa. Assim, o educador atua como facilitador, promovendo o diálogo, a cooperação e a construção coletiva do conhecimento. Além disso, a formação inicial e continuada do professor é um fator determinante para a consolidação de práticas inclusivas. É necessário que o docente compreenda as bases teóricas da educação inclusiva, conheça os marcos legais, que ressaltam que a inclusão exige um compromisso político e pedagógico com a humanização do processo educativo, superando visões excludentes e práticas discriminatórias ainda presentes em muitas instituições. A escola inclusiva, portanto, deve ser um espaço de convivência, empatia e aprendizado mútuo, onde a diferença é entendida como elemento enriquecedor e não como obstáculo. Para isso, é imprescindível que o professor conte com o apoio da gestão escolar, das famílias e de políticas públicas eficazes que garantam condições adequadas de trabalho e recursos pedagógicos acessíveis. Considera-se que o papel do professor na construção de práticas inclusivas na Educação Infantil é essencial e transformador. Ele atua como agente de mudança, contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária, em que todas as crianças tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver plenamente. A inclusão, nesse sentido, não é apenas uma exigência legal, mas um compromisso ético e humano com o direito à educação de qualidade para todos.