Para perceber algumas motivações da população sobre as relações íntimas fora do casamento, com implicações na organização da sociedade, começou uma pesquisa descritiva recorrendo à abordagem qualitativa e quantitativa. Trata-se de um ensaio para compreender as razões, as implicações na estrutura da sociedade e na educação. O estudo empregou as técnicas de entrevista, observação e inquérito. Quarenta e três (43) elementos com inclinação à acções desta natureza foram seleccionados de forma intencional, em uma primeira fase, para participarem do estudo cujas características consistem no uso do sexo fora do casamento de maneira frequente. De entre os participantes, incluía-se trabalhadores de sexo, familiares e gestores de hospedarias. Uma vez que as acções íntimas podem resultar do relacionamento entre homens e mulheres, os resultados mostraram que muitas famílias sobrevivem desta actividade praticada pelos seus parentes, geralmente do sexo feminino, com homens que procuram estes serviços por qualquer razão. No entanto, estas relações podem gerar filhos, mas também muitas pessoas usam esta actividade como meio de obter dinheiro para satisfazer as necessidades primárias, ou seja, os ganhos arrecadados servem para o pagamento da renda habitacional, educação pessoal e dos filhos, saúde, etc; para alguns, é uma simples diversão ou satisfação dos apetites. Porém, outros apontam a desestruturação familiar, desemprego, elevados preços dos bens e serviços como causas, passando esta prática a ser considerada como meio de sobrevivência. Até certo ponto, esta prática necessita da intervenção do Estado e/ou da sociedade para regulamentá-la ou encontrar mecanismos de evitar as várias consequências que dela podem surgir. O estudo prevê outras fases para incluir pessoas casadas e também crianças que são resultado de relações desta natureza.

Palavras-Chave: 

Sexo; Meio; Sobrevivência.