CULTURA INFANTIL E SABERES DA INFÂNCIA: A ESCOLA COMO ESPAÇO DE VALORIZAÇÃO DO LÚDICO
Betiza Estércio de Oliveira Mendes
Resumo
A cultura infantil e os saberes da infância configuram-se como elementos essenciais para compreender os processos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, uma vez que revelam modos próprios de pensar, sentir e interagir com o mundo. Nesse sentido, a escola assume papel fundamental como espaço de valorização do lúdico, reconhecendo a criança não apenas como receptora de conhecimentos, mas como sujeito histórico, social e cultural, capaz de produzir e ressignificar práticas e significados. O presente artigo discute o brincar como linguagem central da infância, articulando-o com saberes espontâneos e institucionais, evidenciando as potencialidades da mediação pedagógica nos jogos e brincadeiras, a relevância das relações socioafetivas para a construção coletiva do conhecimento, a valorização da diversidade cultural presente nas diferentes infâncias e a necessidade de uma formação docente que favoreça práticas inclusivas e sensíveis às especificidades infantis. Fundamentado em referenciais teóricos como Vygotsky, Piaget, Kishimoto, Kramer, Benjamin, Sarmento, Corsaro e nas orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o texto sustenta que reconhecer a infância como produtora de cultura exige a superação de práticas escolares centradas exclusivamente na transmissão de conteúdos, promovendo uma pedagogia da escuta, da experimentação e do protagonismo infantil, capaz de integrar ludicidade, diversidade e aprendizagem significativa em uma educação mais democrática e humanizadora.
Palavras-Chave:
Educação infantil; Saberes da infância; Ludicidade.






