O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) configura-se como uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade, os quais ultrapassam as variações típicas do desenvolvimento e acarretam prejuízos significativos no desempenho acadêmico, social e ocupacional. Este artigo apresenta uma análise aprofundada sobre os aspectos históricos, clínicos, neurobiológicos, epidemiológicos e psicossociais do TDAH, fundamentada em autores de reconhecida relevância internacional, como Russell Barkley, Joseph Biederman e Stephen Faraone. São discutidos os critérios diagnósticos do DSM-5, a etiologia multifatorial do transtorno, sua elevada taxa de comorbidades e os impactos funcionais ao longo da vida. O texto evidencia a importância do diagnóstico diferencial e da abordagem multimodal, que inclui farmacoterapia, intervenções psicoterapêuticas, psicoeducação, treinamento parental e adaptações pedagógicas. Conclui-se que o manejo adequado do TDAH exige compreensão científica robusta, intervenção interdisciplinar e políticas públicas que garantam o acesso ao diagnóstico precoce e a estratégias terapêuticas eficazes.

Palavras-Chave: 

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade; Neurodesenvolvimento; Funções Executivas; Comorbidades; Intervenção Multimodal.