A NEUROEDUCAÇÃO E A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Erli da Silva e Silva
Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar as contribuições da neuroeducação para a inclusão de pessoas com deficiência no contexto escolar. A neuroeducação, ao articular conhecimentos provenientes da neurociência, psicologia e pedagogia, proporciona uma compreensão mais ampla sobre os processos de aprendizagem e suas implicações para a prática docente. A partir dessa integração interdisciplinar, é possível identificar estratégias pedagógicas mais eficazes, baseadas no funcionamento do cérebro e no respeito às particularidades cognitivas de cada estudante. Observa-se que tarefas extensas e mal estruturadas podem gerar sobrecarga cognitiva, desatenção e desmotivação, sobretudo em alunos com transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a dislexia e a discalculia. Nesse sentido, o estudo destaca a relevância de uma prática pedagógica acessível, pautada na estimulação adequada das funções executivas, na personalização das atividades e na valorização da diversidade neurológica. Conclui-se que a neuroeducação contribui significativamente para a promoção da inclusão escolar, ao favorecer a construção de ambientes de aprendizagem equitativos e estimulantes, nos quais o professor atua como mediador sensível às diferenças. Dessa forma, o conhecimento sobre o funcionamento cerebral não apenas potencializa o processo de ensino-aprendizagem, mas também fortalece o compromisso ético e social da escola com a educação inclusiva.
Palavras-Chave:
Neuroeducação; Inclusão escolar; Deficiência; Aprendizagem; Prática docente.






