FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO
Marli Cortez dos Anjos
Resumo
O presente artigo tem como objetivo investigar a relevância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, compreendendo-os não apenas como atividades recreativas, mas como práticas pedagógicas fundamentais para o desenvolvimento integral da criança. A partir de uma revisão bibliográfica, foram analisadas contribuições de autores clássicos como Piaget (1976), Vygotsky (1999), Montessori (1999) e Malaguzzi (1999), bem como de estudiosos contemporâneos como Kishimoto, além das diretrizes estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Verificou-se que a ludicidade é elemento central no processo de aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional. Para Piaget, o brincar é um mecanismo de assimilação da realidade e construção de estruturas mentais; para Vygotsky, constitui um espaço sociocultural de interação e mediação na Zona de Desenvolvimento Proximal; Montessori destaca a autonomia e o protagonismo infantil no ambiente preparado; e Malaguzzi evidencia as múltiplas linguagens da criança, em que o brincar é expressão e investigação. Kishimoto, no contexto brasileiro, defende a integração intencional do lúdico ao currículo, reforçando seu caráter educativo. A BNCC, por sua vez, reconhece o brincar como direito de aprendizagem e desenvolvimento, garantindo que a criança seja respeitada em seus tempos e formas de expressão. Conclui-se que os jogos e brincadeiras são instrumentos pedagógicos indispensáveis para uma educação humanizada, criativa e significativa, na qual o professor assume papel de mediador, organizando ambientes e experiências que potencializam aprendizagens. Assim, valorizar a ludicidade é assegurar que a infância seja vivida em plenitude e que a escola cumpra sua função formativa de maneira integral.
Palavras-Chave:
Brincadeira; Educação Infantil; Ludicidade.






