GESTÃO EDUCACIONAL COMO PRÁXIS EMANCIPADORA: ÉTICA, ESTRATÉGIA E DIMENSÕES DA AÇÃO NA ESCOLA PÚBLICA
Alisson Diego Batista Moraes
Resumo
Este artigo analisa criticamente o papel da gestão no campo educacional, afirmando que sua função vai além da administração técnica de recursos ou do cumprimento formal de normas legais. Defende-se que a gestão deve ser compreendida como dimensão central e estruturante da política educacional, com natureza estratégica e ético-política, indispensável para a consolidação de uma educação pública de qualidade, inclusiva, equitativa e comprometida com a transformação social. O texto resulta das reflexões apresentadas pelo autor durante a Jornada Pedagógica de Ouro Preto, realizada em fevereiro de 2025, articulando fundamentos filosóficos de Aristóteles e Hannah Arendt com a pedagogia crítica de Paulo Freire, em diálogo com autores da administração clássica como Henry Fayol e Henry Mintzberg, além de teóricos da gestão escolar democrática como Vitor Henrique Paro, Júnior Libâneo e Claudia Lück. A análise confronta visões tecnocráticas e reducionistas com concepções que valorizam a gestão como prática política, social e humana. São discutidas suas cinco dimensões fundamentais: pedagógica, gestão de pessoas, gestão de recursos, gestão de processos e participação comunitária. Conclui-se que uma gestão democrática, fundamentada em diálogo, cooperação e compromisso com o desenvolvimento humano integral, é condição para que a educação realize sua missão emancipadora.
Palavras-Chave:
Gestão educacional; Gestão Escolar Democrática; Planejamento Estratégico Educacional.