A AVALIAÇÃO EDUCACIONAL COMO PRÁTICA EMANCIPATÓRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Cristiane de Cássia Rosa Piva
Resumo
A avaliação educacional desempenha papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem, sendo muito mais do que uma ferramenta de mensuração do conhecimento. Compreendê-la como prática emancipadora significa romper com paradigmas tradicionais que a reduzem a um instrumento punitivo e classificatório. No Ensino Fundamental, etapa crucial para a formação dos sujeitos, é essencial repensar os métodos avaliativos à luz de uma pedagogia crítica, reflexiva e inclusiva. Nesse sentido, o presente artigo propõe uma abordagem da avaliação como um processo contínuo e formativo, voltado ao desenvolvimento integral do estudante. A construção de uma cultura avaliativa pautada na escuta, no diálogo e no respeito às singularidades de cada aluno promove a equidade educacional e fortalece a relação pedagógica entre educadores e aprendizes. A prática avaliativa emancipadora se ancora em metodologias ativas e participativas, que valorizam a autonomia discente e favorecem a coautoria do conhecimento. O professor, nesse contexto, assume a função de mediador e facilitador, utilizando a avaliação como ferramenta para diagnosticar necessidades, orientar percursos e estimular o protagonismo estudantil. A análise crítica das políticas públicas e das diretrizes curriculares revela a urgência de investir em formações docentes que potencializem novas práticas avaliativas. Somente com educadores preparados e conscientes de seu papel transformador será possível promover mudanças efetivas no cenário educacional. Portanto, a avaliação educacional, quando compreendida como prática emancipadora, transforma-se em elemento essencial para a construção de uma escola democrática, humana e voltada à formação cidadã.
Palavras-Chave:
Avaliação emancipadora; Ensino fundamental; Práticas pedagógicas; Inclusão escolar; Formação docente.