A educação não foi inicialmente constituída enquanto espaço democrático para todos, mas foi sendo modificada ao longo do processo histórico de mudanças e avanços sociais. Com a educação inclusiva esse processo democrático foi ainda mais demorado, sendo delegado primeiramente às instituições ditas especializadas, onde a pessoa com deficiência ou transtorno era mantida em atendimento entre ‘iguais’. O processo de educação inclusiva busca corrigir séculos de segregação e exclusão social de pessoas com deficiência que, por muito tempo foram marginalizadas e impedidas de usufruírem de direitos básicos de todo cidadão. Hoje, a educação inclusiva tem como objetivo integrar e garantir espaços quer permitam a permanência e o desenvolvimento da pessoa com deficiência, oferecendo condições de acessibilidade a todos os espaços escolares. Quando dizemos ‘ambientes inclusivos não estamos tratando apenas de tampas de acesso, elevadores, móveis e banheiros adequados, mas de pensar a infância e organizar seus espaços de modo a permitir condições de aprendizagem e apropriação, respeitando as limitações de cada sujeito, mas trazendo oportunidades de desenvolvimento cognitivo, social, motor e emocional. Para isso, a constituição da escola de educação infantil inclusiva precisa pensar em ambientes inclusivos que valorizem as oportunidades de exploração e interação individual e coletiva, dentro e fora da sala de aula, por meio de brinquedos acessíveis, de materiais pedagógicos adequados, pensando na distribuição dos móveis de modo a não formar barreiras, transformar a escola em espaços que permitam à criança com deficiência apropriar-se das experiências como forma de aprendizagem e desenvolvimento com segurança e autonomia