Em pleno século XXI, persiste na sociedade brasileira e no mundo, a cultura do racismo, da discriminação e do ódio relacionada a cor de pele. Essa hierarquização histórica está enraizada de forma tão incisiva que, muitas pessoas, especialmente aquelas que não vivenciam ou que fazem indiferença a essa situação preocupante, acabam por normalizá-las, dificultando a emancipação social e histórica das pessoas negras. Essas práticas racistas têm sido observadas, também, no espaço escolar com crianças já na educação infantil sofrendo com práticas racistas e discriminatórias. Dessa forma foi realizada uma revisão bibliográfica com o objetivo de verificar a extensão dessas práticas racistas e o impacto dessa ação discriminatória na vida das crianças negras. A pesquisa mostrou que práticas racistas têm iniciado no primeiro ciclo de vida escolar da criança, a educação infantil, e a urgência de ser trabalhado conteúdo relacionado ao racismo e discriminação com as crianças de 0 a 5 anos uma vez que é necessário criar uma prática antirracista no ambiente escolar. Assim, conclui-se que a escola tem sido o reflexo de uma sociedade racista e que há diferentes tratamentos quando comparados crianças brancas e crianças negras, seja na forma de combater falas racistas, na não valorização de pessoas negras, no livro didático ou na escolha de pessoas com representação midiática. É necessário retirar as pessoas negras da invisibilidade e acabar com situações de preconceito e colocar as crianças negras em condições de igualdade em relação as crianças negras, pois essa diferenciação afeta diretamente a autoestima e o aprendizado além de fortalecer a superioridade e hegemonia branca. A educação infantil deve ser um momento extremamente importante para a formação, a conscientização e valorização das pessoas negras e da cultura negra e o direito constitucional à educação não pode ser posto de forma hierarquizada e excludente, e o espaço escolar deve ser o local nas quais todas as crianças possam aprender e conviver com as diferentes etnias.