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A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Erica Baraçal Bruno

Resumo

Assegurar a todos igualdade de condições, como o acesso e permanência na escola, é um princípio previsto na Constituição Federal, em seu Artigo 206.Este direito constitucional atinge a etapa da educação infantil como um todo e se estende aos nossos bebês e crianças com ou sem deficiências. A Lei 13.146 é a Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência, que visa sua inclusão social e cidadã, reforçando o seu direito nesta inserção, no âmbito da Educação Infantil, como sendo a primeira etapa da Educação Básica, momento este de desenvolvimento integral da criança, nos seus aspectos físico, social e psicológico-intelectual. As Diretrizes Curriculares Nacionais(2010), para Educação Infantil definem o currículo como práticas que se articulam, ao conhecimento dos bebês e das crianças, num processo que se dá pela construção do conhecimento científico, conhecimento tecnológico, artístico, ambiental, entre outros, entrelaçados ao conhecimento socialmente acumulado de cada indivíduo e suas capacidades mentais. Eles aprendem nas vivências, brincadeiras, interacões, estimulados a experienciar e compartilhar diferentes dinâmicas, a fim de promover o seu desenvolvimento pleno. Nas práticas de Educação Inclusiva alguns elementos organizadores deste planejamento são as interações e as brincadeiras. Na educação infantil as aprendizagens ampliam significados, favorecem novas construções, avançam sócio historicamente o que foi construído para além dos desafios e dificuldades singulares. Devemos nos permitir se apropriar deste conhecimento frente a possibilidades distintas de respostas. A BNCC (2018), é a base curricular que organiza o currículo na educação infantil, podemos dizer que a partir de uma vasta gama de experiências também consolidamos os fundamentos das nossas práticas. As crianças aprendem nas experiências e nas vivências, este é marco em potencial de seu desenvolvimento. Importante destacar que a inclusão deve ser vivida por todas as crianças de forma comum, sempre com intencionalidade nas organizações planejadas. A Concepção de Criança e de Infância culturalmente falando que temos hoje contempla a diversidade e a heterogeneidade. Respeitar as diferenças como um todo, igualdade de Direitos, de convivência e de desenvolvimento assegurado constitucionalmente. Entender a singularidade de cada criança, sua forma particular de ver o mundo, olhando sempre pelo prisma da possibilidade, e nunca pelo da limitação, ou de quaisquer impedimentos. E nessa busca de inserção e garantia de direitos, inclusive de aprendizagem, buscar trazer a família como parceira dos processos pedagógicos. A aproximação, afetividade, o estabelecimento de vínculo e relação com o familiar é sempre muito importante e enriquecedor. Ver a família como parceria do trabalho, aumenta exponencialmente as possibilidades, contribuindo dialogicamente para as aprendizagens dos nossos bebês e crianças. Importante este movimento de diálogo entre todos aqueles que cuidam e educam estes bebês e estas crianças, professores, coordenadores, agentes de apoio, professor da sala de recurso, professor itinerante, enfim, todos os cuidados e ações se tornam pedagógicos e devem ter um objetivo em comum. Cada profissional, nas suas diferentes experiências e olhares, contribuem para esta interação e desenvolvimento qualitativo. Promovendo práticas inclusivas que envolvam a totalidade, estabelecendo estratégias que favoreçam o desenvolvimento e a aprendizagem como um todo, de forma geral, integral, aquele com ou sem deficiência, independente de laudo ou de diagnósticos, que a criança chegue na unidade. Que esta não seja a nossa preocupação, nem molde de nossas ações. A criança não deve ser vista sob o ponto de vista de um diagnóstico, conferindo a ela limitações, estigmatizações e déficits, mas que nosso olhar e prática esteja para as possibilidades, e que este não nos paralise, mas nos mova para a busca inconstante de recursos e novas formas de desenvolvimento e avanço. O crescimento é uma conquista para todos nós, professores, coordenadores, especialistas, e diferentes profissionais que lidam com este heterogêneo trabalho, além de atingir todas as crianças e o todo escolar. É muito gratificante e honroso, que seja legitimado pelos pais e familiares, o ambiente escolar como um espaço de aprendizagem e desenvolvimento para sua criança, numa perspectiva de desenvolvimento integral, considerando aspectos sociais, afetivos, cognitivos, que atuam como ações estruturadas, intencionadas, em parceria com a família e redes de apoio. Cada criança com ou sem deficiência deve ser respeitada em sua especificidade, todos somos diferentes, e esta característica nos enobrece.

Palavras-Chave: 

Educação Infantil; Direito de Todos; Inclusão.

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