O presente artigo demonstra a necessidade de um espaço apropriado e os materiais utilizados na estimulação visual para crianças de 0 a 6 anos com baixa visão. Define-se como baixa visão o comprometimento do funcionamento visual em ambos os olhos, mesmo após tratamento e ou correção de erros refracionais comuns. O desenvolvimento do sistema visual dessas crianças raramente se produz de forma automática e espontânea, necessitando de intervenção com estimulação visual o mais precocemente possível. A estimulação visual tem como fundamento utilizar a visão residual que a criança possui, com finalidade de alcançar o mais alto desempenho, aprendendo a lidar com a sua própria limitação, ter autoestima suficiente para poder superar os obstáculos, adquirir autonomia e independência proporcionando assim uma melhor qualidade de vida. Uma adequada estimulação visual, a experiência prévia, a motivação para ver e o cultivo da atenção, farão com que as capacidades visuais inatas se manifestem e se aperfeiçoem. Para isso, o terapeuta utiliza métodos e técnicas, sua criatividade e equipamentos específicos que podem ser confeccionados com materiais de baixo custo, favorecendo a aquisição e aplicabilidade pelas famílias, escolas, creches e profissionais da reabilitação. O projeto tem por objetivo demonstrar os materiais utilizados na estimulação visual e a necessidade de um espaço apropriado, não evidenciando especificamente o trabalho realizado pelo profissional Terapeuta Ocupacional, com deficientes visuais. Foi realizada uma visita à LARAMARA Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, em São Paulo, no qual foram recolhidas informações e observados os equipamentos básicos para fundamentar o projeto de implantação de uma sala de estimulação visual no Centro de Reabilitação Física Dom Bosco de Lins no setor de Terapia Ocupacional.