Esta é uma pesquisa descritiva, realizada por meio de métodos quantitativos e qualitativos. A colecta de dados foi apoiada pelas técnicas de inquérito, entrevista e bibliográfico. Todos os dados foram colectados via online, contando com uma amostra de sessenta e cinco participantes (65) de ambos os sexos. Trata-se de um estudo previsional que reflecte algumas questões levantadas pela sociedade sobre a oferta e a qualidade da educação em Angola, em tempos de crise. A partir desta reflexão, tentamos delinear possíveis vias para a melhoria da oferta e qualidade da educação em Angola. Os resultados mostram que depois de uma crise, algumas localidades ou países, podem estar longe de melhorar os seus níveis de oferta e qualidade da educação se não aproveitar a mesma crise para melhorar alguns aspectos de organização e gestão das escolas. Este facto foi notório após a crise da COVID-19. Os efeitos da pandemia nos diversos sectores elevaram a crise econômico-financeira, a recorrente pouca transparência e justiça na distribuição de bens e serviços públicos, os problemas de infraestruturas escolares que reforçam a baixa qualificação, aperfeiçoamento e especialização de muitos gestores da educação, em matéria de economia e gestão da educação. Assim, a melhoria nas práticas de ensino que passam pelos seminários de capacitação e os reajustes na gestão pedagógica e das escolas, associados à adequação das despesas e rendas das famílias e do Estado à taxa de natalidade, à reinvenção do ambiente escolar em correspondência com as infraestruturas, constituem vias basilares para a melhoria da oferta e qualidade de educação em Angola, pelo que, suscita um aumento das receitas financeiras alocadas a educação, que possam atingir ao valor mínimo necessário do PIB nacional.

Palavras-Chave: 

Angola; Crises; Oferta; Qualidade; Educação.