A Educação do Campo configura-se como uma estratégia essencial para integrar práticas pedagógicas às demandas sociais, culturais e ambientais das comunidades rurais. Este artigo analisa como a valorização dos saberes locais, aliada à incorporação de princípios da ecologia e da educação ambiental, pode contribuir para o desenvolvimento sustentável no Brasil. Parte-se da compreensão de que a escola do campo deve ir além da simples transmissão de conteúdos formais, atuando como espaço de transformação social e ambiental. A pesquisa fundamenta-se em revisão bibliográfica narrativa, com destaque para autores como Caldart, Souza, Silva e Melo, além de documentos de organismos internacionais como a UNESCO. No desenvolvimento, discute-se a importância da formação docente, a inserção de práticas agroecológicas no currículo, o fortalecimento da consciência ecológica dos alunos e a articulação da escola com a comunidade. Argumenta-se que, ao promover a integração entre conhecimentos científicos e saberes tradicionais, a Educação do Campo fortalece a autonomia das populações rurais, amplia sua capacidade de resiliência diante das mudanças climáticas e contribui para a equidade social. Apesar dos avanços, persistem desafios relacionados à infraestrutura escolar, à carência de recursos e à formação continuada de professores. Conclui-se que a Educação do Campo, quando alicerçada na ecologia e nos princípios de sustentabilidade, assume papel transformador, possibilitando que as comunidades rurais não apenas aprendam, mas também construam práticas inovadoras para a preservação ambiental e o desenvolvimento humano.

Palavras-Chave: 

Educação do Campo; Ecologia; Sustentabilidade.