Este artigo analisa o papel dos projetos pedagógicos como pontes dinâmicas que transformam a curiosidade em aprendizagem significativa, evidenciando-os como práticas vivas que integram teoria e experiência. Parte-se da hipótese de que, quando planejados e executados de forma consistente, tais projetos não apenas ampliam a aquisição de conteúdos disciplinares, mas também potencializam o desenvolvimento de competências cognitivas, afetivas e sociais indispensáveis à formação integral do sujeito. A investigação contempla uma revisão teórica que resgata a gênese histórica da pedagogia de projetos, articulando-a com seus fundamentos filosóficos e psicológicos, ao mesmo tempo em que examina modelos de aplicação em diferentes níveis de ensino e contextos educativos. Ao longo da análise, discutem-se as condições que favorecem a emergência da curiosidade como motor da aprendizagem, bem como os entraves estruturais, culturais e institucionais que podem limitar sua efetividade. Considera-se ainda a relevância da formação docente e da cultura escolar como elementos mediadores entre intenção e prática, ressaltando-se que o êxito da proposta depende de processos formativos que valorizem a autonomia discente, o trabalho colaborativo e a interdisciplinaridade. Nesse sentido, defende-se que os projetos pedagógicos, ao se configurarem como práticas vivas, ampliam as possibilidades de participação dos alunos, promovem reflexividade docente, estimulam a articulação entre conhecimentos científicos e experiências cotidianas e permitem que a curiosidade se converta em aprendizagens transformadoras, socialmente contextualizadas e duradouras.

Palavras-Chave: 

Aprendizagem significativa; Interdisciplinaridade; Prática pedagógica.