O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças e jovens impacta profundamente a estrutura familiar, desencadeando uma série de desafios emocionais, financeiros, sociais e relacionais. Este artigo discute o cotidiano das famílias diante das exigências do cuidado contínuo, destacando a sobrecarga parental, especialmente materna, o estresse psicológico, os conflitos conjugais, o impacto nos irmãos e a fragilidade das redes de apoio. A rotina familiar é marcada por reorganizações constantes, sacrifícios profissionais e isolamento social, frequentemente agravados pela insuficiência de políticas públicas e de serviços especializados. Apesar do cenário de sobrecarga, muitas famílias desenvolvem estratégias de enfrentamento e resiliência. Compreender essa realidade é fundamental para a formulação de políticas inclusivas e para a construção de práticas de cuidado mais humanas, solidárias e eficazes.