O presente artigo aborda a temática da formação docente frente ao uso de tecnologias assistivas (TAs) no contexto da escola pública brasileira, com foco nas lacunas formativas e nos desafios enfrentados em regiões periféricas. A partir da promulgação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), ampliaram-se as exigências para que os professores estejam preparados para atender à diversidade nas salas de aula. Nesse cenário, as tecnologias assistivas tornam-se ferramentas fundamentais para a promoção da aprendizagem de estudantes com deficiência, ao possibilitarem a ampliação de habilidades funcionais e a participação ativa no ambiente escolar. No entanto, a formação inicial e continuada dos docentes revela fragilidades, especialmente no que se refere ao conhecimento técnico, sensibilidade pedagógica e uso apropriado dessas ferramentas. A situação se agrava nas escolas situadas em territórios periféricos, onde os recursos são escassos e as políticas públicas nem sempre são efetivas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de revisão de literatura, que analisa publicações entre 2015 e 2024, com o objetivo de compreender as interseções entre o saber docente e a apropriação tecnológica. Considera-se que há urgência na reestruturação das políticas de formação docente para garantir uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos.