Este artigo analisa a contribuição da afetividade nas relações entre professores e estudantes no ensino superior, com ênfase no curso de Psicologia. Fundamentado na Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel e nas concepções de autores como Freire (1983), Cunha (2008), Larrosa (2021) e Reis e Alves (2023), o estudo destaca a importância das interações afetivas para a motivação, o engajamento e o desempenho acadêmico dos alunos. A pesquisa qualitativa utilizou entrevistas semiestruturadas com docentes e discentes, analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados revelam que práticas pedagógicas afetivas — como escuta ativa, empatia, linguagem acessível e metodologias participativas — contribuem significativamente para a construção de vínculos e para o fortalecimento do processo de ensino-aprendizagem. Além disso, os alunos sugerem ações concretas para tornar o ambiente acadêmico mais acolhedor, destacando a importância de dinâmicas em grupo, rodas de conversa e incentivo à cooperação entre colegas. Conclui-se que a afetividade, longe de ser um elemento secundário, deve ser considerada dimensão estruturante da prática docente, promovendo uma educação mais humanizada, significativa e transformadora.