O presente artigo tem como objetivo analisar, por meio de uma revisão da literatura, a importância da individualização no ensino da Matemática para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com ênfase nas práticas docentes e na utilização de materiais didáticos adaptados. Considerando os desafios enfrentados no contexto da inclusão escolar, o estudo busca compreender como a personalização do ensino pode favorecer o processo de aprendizagem desses estudantes, especialmente no que se refere ao desenvolvimento do raciocínio lógico, da organização espacial e da compreensão de conceitos abstratos. A individualização no ensino da Matemática é uma estratégia pedagógica fundamental para atender às necessidades específicas de alunos com TEA, uma vez que eles apresentam diferentes perfis cognitivos, comunicacionais e sensoriais. Por meio da análise de estudos publicados entre 2013 e 2024, selecionados em bases científicas como SciELO, Google Scholar, ERIC e CAPES Periódicos, foram identificadas práticas docentes bem-sucedidas que valorizam a adaptação de conteúdos, o uso de recursos visuais, o ensino estruturado, as rotinas previsíveis e a mediação pedagógica centrada no aluno. Os resultados apontam que a efetividade da aprendizagem matemática para alunos com TEA depende diretamente da ação intencional do professor, que deve ser capaz de planejar intervenções didáticas que respeitem o ritmo, o estilo de aprendizagem e as capacidades de cada estudante. Materiais manipuláveis, atividades práticas, jogos pedagógicos e o uso de tecnologias assistivas foram destacados como recursos eficazes na construção de um ambiente acessível e motivador. A formação continuada e o suporte institucional também se mostram indispensáveis para que os educadores estejam preparados para realizar adaptações curriculares significativas e garantir o direito à aprendizagem plena para os alunos com TEA. Considera-se que a individualização no ensino da Matemática não se limita à modificação de conteúdos, mas envolve uma mudança de paradigma educacional que reconhece a diversidade como valor e promove a equidade no processo de ensino-aprendizagem. O estudo reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à formação de professores e ao fortalecimento de práticas pedagógicas inclusivas no ambiente escolar.