A formação de professores e mentores que atuam com indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) exige um processo formativo robusto, contínuo e fundamentado em evidências científicas. Este artigo analisa criticamente as barreiras que ainda persistem na formação inicial e continuada de profissionais da educação, tais como a insuficiência de conteúdos específicos sobre o TEA, a ausência de políticas públicas efetivas e a falta de supervisão especializada. Além disso, discute os conteúdos essenciais que devem compor uma formação de qualidade, incluindo conhecimentos aprofundados sobre o espectro autista, o domínio de metodologias pedagógicas baseadas em evidências, o uso de tecnologias de comunicação alternativa e o planejamento educacional individualizado. A formação contínua e a supervisão técnica são apresentadas como pilares fundamentais para o aprimoramento das práticas docentes e para a construção de uma educação verdadeiramente inclusiva. Considera-se que a excelência na formação docente requer o enfrentamento de barreiras estruturais, epistemológicas e atitudinais, assim como a consolidação de redes colaborativas e o compromisso com a diversidade e a equidade.