O artigo analisa as potencialidades dos espaços não formais de educação na valorização da cultura afro-brasileira e na construção de práticas educativas antirracistas. Diante disso, os espaços não formais como quilombos, museus, rodas de capoeira, centros culturais e bibliotecas comunitárias surgem como territórios alternativos e complementares à educação formal, nos quais os saberes afro-brasileiros são vivenciados, transmitidos e ressignificados em múltiplas dimensões. O estudo, fundamentado em pesquisa qualitativa com análise documental, destaca tanto as potencialidades desses espaços como o fortalecimento da identidade negra, a transmissão de saberes ancestrais e a articulação comunitária quanto seus desafios estruturais, como a falta de financiamento, políticas públicas contínuas e o risco da folclorização das manifestações culturais. Além disso, o texto evidencia que a articulação entre escolas e espaços não formais contribui significativamente para a redução de práticas racistas no ambiente escolar, valorização da cultura e para o aumento de ações voltadas à educação antirracista. Assim, o artigo reforça a importância desses espaços como agentes ativos na promoção da cidadania plena, da justiça social e da valorização das epistemologias negras no Brasil.