Ao abordar a temática da educação escolar, a atenção volta-se, quase automaticamente, à escola e à forma como ela desempenha sua função educativa. Diversas falas circulam no senso comum, exaltando modelos antigos de ensino: “Naquela época, aprendia-se de verdade” ou “Os alunos eram muito mais educados”. Essas expressões sugerem uma visão idealizada da escola do passado, especialmente aquela vivenciada por gerações anteriores. Muitos discursos apresentam essa escola como organizada, disciplinada e produtiva. Entretanto, sem desmerecer as contribuições daquele modelo, torna-se necessário examinar com criticidade os fundamentos e as práticas que sustentaram essa estrutura durante tanto tempo. A simples obediência, frequentemente confundida com educação, precisa ser redimensionada à luz das demandas contemporâneas. A atualidade impõe novos desafios à educação. A escola não pode permanecer presa a concepções ultrapassadas, mas deve ser espaço de renovação e reinvenção constantes. Nesse contexto, práticas inovadoras ganham relevância, como o empreendedorismo, que assume lugar de destaque como estratégia pedagógica voltada para o desenvolvimento da criatividade, da autonomia e do protagonismo juvenil. Revisar conceitos e metodologias não representa uma negação do passado, mas um movimento necessário para que a escola continue a cumprir sua função social de forma eficaz e transformadora.