A afetividade desempenha um papel central no processo de ensino-aprendizagem, influenciando diretamente a forma como o aluno interage com o conhecimento e com o ambiente escolar. A construção de vínculos afetivos saudáveis entre professores e alunos é essencial para a criação de um clima escolar positivo e acolhedor. Emoções positivas contribuem para o desenvolvimento da autoestima, da motivação e do interesse dos estudantes, aspectos fundamentais para o sucesso educacional. Neste contexto, compreender o papel da afetividade nas relações pedagógicas é essencial para repensar práticas educacionais. Autores como Henri Wallon, Lev Vygotsky e Jean Piaget contribuíram com teorias que integram os aspectos emocionais ao desenvolvimento cognitivo. A afetividade não deve ser tratada como algo secundário ou meramente complementar, mas como parte integrante da formação humana. A escola é um espaço de relações e, portanto, de afetos. Quando o estudante se sente acolhido e respeitado, ele participa mais ativamente do processo de aprendizagem. O professor, ao considerar os aspectos afetivos, se torna não apenas um transmissor de conteúdos, mas também um mediador de experiências e emoções. A neurociência também tem reforçado a importância da afetividade no processo de aprendizagem. Pesquisas indicam que o estado emocional interfere diretamente na capacidade de atenção, memorização e resolução de problemas. Assim, um ambiente escolar afetivamente positivo favorece a aprendizagem significativa. Dessa forma, o presente artigo busca refletir sobre a importância da afetividade no contexto escolar, abordando aspectos teóricos, práticos e estratégias pedagógicas que valorizem as emoções no cotidiano educacional, contribuindo para a formação integral do aluno.