Esse artigo tem como objetivo explorar a arte de contar histórias sob a perspectiva de uma análise psicopedagógica. Atualmente, considerar os contos de tradição oral como uma ferramenta valiosa nas áreas da educação, psicopedagogia, psicoterapia e arteterapia pode parecer estranho, dada a ênfase atual em suprimir qualidades como a memória e o conhecimento tradicional. Estamos vivendo na era das máquinas, dos computadores, e, consequentemente, as habilidades de ouvir e contar histórias têm sido deixadas de lado. No entanto, discutir sobre a memória significa explorar a interseção entre a memória e a tradição social por meio da prática da contação de histórias oral. Isso implica em resgatar e atualizar a memória social de um povo, ao mesmo tempo em que abrimos caminhos para a cultura autêntica da contação de histórias - uma cultura que transmite ensinamentos por meio da palavra falada. Esse desafio nos envolve, uma vez que nossas vidas estão repletas de máquinas, mídia e televisão, mas carecem de histórias e de habilidosos contadores capazes de compartilhá-las.