" Este artigo visa analisar o impacto desencadeado pela L ei 10.639/2003 e sua regulamentação pelo parecer CNE/CP 03/2004 e pela resolução CNE/CP 01/2004 (Brasil, 2005), que torna obrigatório o ensino de História da África e
cultura afro-brasileira em todos os níveis de escolaridade. Vinte anos após a promulgação da lei, como esta mudança curricular se traduz em novas vivencias nas relações étnico-raciais. Dito isso, objetivamos também averiguar em que medida essa ruptura epistemológica transformou de maneira positiva e assertiva o fazer docente e escolar e dentro da sociedade como um todo de forma a correlacionar a efetivação da lei à essas mudanças, ou seja, como a mudança curricular implementou ou não uma mudança de paradigma em relação às culturas relacionadas à África, que foram marginalizadas ao longo da História do Brasil sempre permeada de uma visão eurocêntrica e positivista e, por vezes, eugenista."