A arte e a cultura brasileira são extremamente ricas, traduzindo muito da diversidade que encontramos em nosso país. Em geral, a arte traduz grande parte da história de seu povo, dando representatividade aos processos de construção cultural de um povo. No entanto, em se tratando de arte e cultura afro-brasileira, não percebemos grandes movimentos organizados para dar destaque aos seus artistas, seja pela falta de oportunidade, seja em decorrência do racismo velado ou mesmo pela intolerância com as matrizes africanas na cultura popular. Dar início a um processo cultural, buscando formar cidadãos prontos para respeitar a diversidade, numa sociedade que combate a intolerância, o racismo, respeitando a identidade de cada um, é um processo que deve ser iniciado desde a primeira infância, especialmente quando se pretende uma sociedade justa e igualitária. Muito embora a educação para as relações étnico-raciais seja pauta comum na sociedade atual, a construção das vivências cotidianas, a formação para ações assertivas e isentas de ideais pessoais, são questões que necessitam de reflexão profunda, dando início, realmente, há um processo de construção de uma educação libertadora, respeitando a história, as vivências e a cultura afro-brasileira numa educação para a diversidade, o respeito e equidade social.