O presente artigo tem como objetivo refletir sobre as contribuições da pedagogia libertadora de Paulo Freire, pedagogia engajada proposta por bell hooks, filosofia da libertação de Enrique Dussel e os pressupostos metodológicos e epistemológicos do pensamento decolonial no processo de formação docente. A decolonialidade, também conhecida como pensamento decolonial, está presente em diversas experiências e práxis formativas, educativas, organizativas e coletivas. Ela emerge a partir do chão da realidade de cada contexto e se configura como expressão viva da experiência dos povos subalternos, nos seus mais variados cenários e contextos. A decolonialidade (Maldonado-Torres, 2007), surge como reação ao denominado fenômeno da modernidade/colonialidade. Esta perspectiva esta pautada nas pedagogias decoloniais, expressão viva das chamadas pedagogias críticas. A discussão aqui apresentada considera a perspectiva crítica como ponto de partida da reflexão apoiando-se de modo particular no pensamento de bell hooks acerca da chamada pedagogia engajada, do pensamento de Paulo Freire e sua proposta de uma educação libertadora que tem como objetivo principal a conscientização e da filosofia da libertação proposta por Enrique Dussel. Em termos de perspectiva metodológica, trata-se de um estudo bibliográfico, voltado para a análise crítica da produção intelectual de bell hooks, Paulo Freire e Enrique Dussel suas interlocuções com o pensamento decolonial. A discussão ora apresentada pretende problematizar as discussões, perguntas e reflexões acerca das contribuições da pedagogia engajada e pensamento decolonial na formação de professores em contexto amazônico.