A compreensão de que a educação infantil não é apenas espaço de cuidados e brincadeiras ainda é algo a ser defendido pela escola e seus profissionais, pois, pela própria natureza da infância onde o brincar é algo inerente à criança e, o cuidar uma necessidade contínua para manutenção de seu bem-estar, alimenta a concepção de parte da sociedade que ainda acredita que na educação infantil os processos de aprendizagem e desenvolvimento seguem apenas o curso natural de maturação do indivíduo, mais por suas características biológicas que pelos estímulos externos, dos quais a escola sem dúvida é grande responsável. Apesar da escola ser responsável direto em estimular as capacidades da criança e de que, ao longo da educação infantil a criança demonstre grandes mudanças em seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional, ainda assim muitos acreditam que, sem a escola, em algum momento isso iria acontecer de qualquer modo. Na verdade, o currículo de educação infantil, que está amparado (entre outras coisas!) no conceito de que a da própria criança deve ser o foco central dessa construção, como protagonista no processo de construção de saberes e de cultura, visando seu pleno desenvolvimento, pretende garantir a criança como ser de direitos, produtora de cultura e capaz de aprimorar suas capacidades e habilidades por meio da diversidade cultural e das diversas formas de aprendizagem.