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EDUCAÇÃO ECOSSOCIALISTA: EPISTEMOLOGIA E PRÁTICA AMBIENTAL

Marcelo Santos Marques, Aécio Alves de Oliveira

Resumo

O presente artigo parte do pressuposto analítico de que o sistema do capital encontra-se em meio a um movimento acelerado de sua contradição central com a crescente substituição do trabalho humano direto por máquinas automáticas autorreferenciadas, simplificadoras de trabalho, que reduz sua base de valorização e o obriga a uma crescente e incontrolável produção de mercadorias. Em decorrência, seu modo de produção linear, irrefreável e crescentemente expansivo entra em contradição com a natureza circular do Planeta com seus bens finitos. Faz-se necessário refletir uma proposta educativa socioecológica que transcenda o marco monolítico do trabalho, como base formativa de uma sociabilidade emancipada e que se efetive em respeito ao funcionamento e à resiliência da Natureza. Para tal, pretendemos desenvolver um dialogismo transdisciplinar com o objetivo de efetivar uma crítica epistemológica ao reducionismo cartesiano; ao cientificismo derivado do pensamento newtoniano, segundo o qual a ciência foi guindada a critério único de verdade na construção do conhecimento; e à eliminação das contradições dentro do pensamento positivista. A partir desse dialogismo, apresentamos uma proposta ecológica de educação anticapitalista, situada no âmbito do pensamento ecossocialista. Para efeito de reflexão sobre a pedagogia do pensamento ecológico e suas práticas fazemos uso da horta escolar como recurso didático para dar vazão ao ensino ambiental, complexo e transdisciplinar de jovens e adolescentes.

Palavras-Chave: 

Contradição central do sistema do capital; Pensamento ecológico; Educação ecossistêmica; Complexidade; Transdisciplinaridade.

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