No Brasil, nas últimas décadas, é senso comum atribuir a uma crise da educação uma crise de valores na sociedade contemporânea, como agravamento das desigualdades sociais, da violência, da criminalidade, da privação de direitos, de condições indignas de vida e de certa decadência moral. A legislação brasileira, embora aproxime-se cada vez mais de uma perspectiva mais humanista na normatização da educação formal, permanece em forte tendência a uma educação baseada em uma racionalidade instrumental. Em vista de tal cenário, este artigo questiona as possibilidades de uma educação para a ética e a cidadania a partir do pensamento de Hannah Arendt.

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