O presente artigo apresenta uma pesquisa realizada em uma escola de Ensino Fundamental, séries finais da rede pública de Brasília com uma aluna do 8º Ano. O projeto teve como embasamento teórico as estratégias de leitura de Solé (1998), Kleiman (2011), Palacios (2003) e as práticas de andaimes de Bortoni-Ricardo (2010). A metodologia trabalhada é de cunho etnográfico (ANDRÉ, 1995). Conforme apresenta Solé, a prática da leitura fica significante, aprazível no momento em que o leitor encontrar sentido no fato de efetuar o esforço cognitivo que pressupõe a leitura, e para isso tem de conhecer o que vai ler e para que fará isso; também deve dispor de conhecimento prévio relevante, confiança nas próprias possibilidades como leitor, que permitam abordar a tarefa com garantias ao êxito. O objetivo dessa pesquisa foi analisar as competências e as habilidades acerca da compreensão leitora desta adolescente. A aluna escolhida participou da realização dos protocolos de leitura, que foram gravados, utilizando textos do livro didático adotado de Língua Portuguesa, o qual foi adotado pela própria escola. A pesquisa trata de como essa aluna lida com os diversos tipos textuais e quais são as suas dificuldades em compreendê-los, suas dúvidas perpassam deste a não compreensão da pontuação do texto, até o desconhecimento de muitas palavras apresentadas nos mesmos. A aluna, também apresenta dificuldades em decodificar algumas palavras dos textos. Outro destaque na pesquisa é que durante a gravação dos protocolos, a aluna apontou o que não gosta nos textos do livro e sugeriu alguns assuntos que os livros didáticos deveriam tratar. Esta postura revela porque ela não tem interesse em ler o livro e tão pouco fazer as atividades propostas. Outro resultado encontrado, refere-se ao tamanho dos textos apresentados, quando os textos são muito longos a dificuldade de leitura e compreensão leitora só aumenta.