O presente artigo pretende expor algumas reflexões sobre as formas de se pensar e realizar a avaliação na escola, especialmente balizados pelos discursos sobre progressão continuada. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico que contemplou o papel da escola, a questão da obrigatoriedade do ensino, as estruturas educacional e escolar e os métodos avaliativos internos e externos. A partir disso, investigou-se se os modelos avaliativos da progressão continuada no Estado de São Paulo se colocam como contraposição aos presentes na seriação. Como resultados obtidos, foi possível perceber que a organização do ensino em ciclos articulada com a progressão continuada equivale, ao menos em sua proposta teórica, a um confronto e uma ruptura com a cultura escolar de classificação e seletividade. Porém, há uma contradição no que diz respeito ao modelo de organização escolar e os métodos de avaliação praticados na escola, que reproduzem quase que sem alteração os utilizados na organização seriada do ensino.